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8,89 €"Quando se perspectiva historicamente a emigração, se dos movimentos gerais se descer aos protagonistas e tentarmos apreender as representações e acções do lado do emigrante, temos de reconhecer que a emigração em si não se pode equacionar de uma forma linear como um mal para a Nação, sendo esta um agregado de indivíduos. Superando os obstáculos administrativos criados pelos mecanismos legislativos e policiais, respondendo ao instinto individual de afirmação, ainda que enquadrada por constrangimentos de ordem social e económica e por estratégias de reprodução social de natureza familiar, a emigração é na verdade uma ""exportação de trabalho e de inteligência"", como dizia Mendes Leal em 1868, mas, para este autor, tal não significava perda, mas sim ""deslocação de forças, pois que estas forças quanto mais acham favorável o terreno mais depressa se convertem em capital que activa a indústria e a riqueza comum"", reconhecendo assim o papel crucial que os ""brasileiros"", como emigrantes do Brasil, tiveram na sociedade portuguesa dos últimos dois séculos."